Localizado na região Sul do Estado de Minas Gerais, o Município de São João da Mata, pertence à Micro Região do Médio Sapucaí. Seus 118 quilômetros quadrados apresentam belezas naturais de "tirar o fôlego" como cachoeiras, picos e montanhas, além da rampa de salto de voo livre.
De clima temperado (média anual de 23º) e solo fértil, São João da Mata produz, predominantemente, café, banana e batata. A pecuária exerce, também, grande influência na economia do município.
São João da Mata é uma excelente opção para o turista que procura tranquilidade e contato com a natureza.
O município de São João da Mata está situado na Região Sul de Minas Gerais, na microrregião de Santa Rita do Sapucaí, identificado pelo CEP 37568-000. Fundado como distrito de Silvianópolis em 1943 e emancipado em 1962, limita-se a norte-noroeste com Poço Fundo; a nordeste com Turvolândia; a sul-sudoeste com Espírito Santo do Dourado e a sul-sudeste com Silvanópolis. Está distante da capital mineira por 412 km, de São Paulo por 290km e do Rio de Janeiro por 430 km.
Circuito Turístico:
O município integra o Circuito Turístico “Fernão Dias - Queijos do Sul de Minas” juntamente com Careaçu, Espírito Santo Dourado, Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí, São Gonçalo do Sapucaí, São Sebastião da Bela Vista, Silvianópolis e Turvolândia. Os Circuitos Turísticos de Minas Gerais, divulgados pela Secretaria Estadual de Turismo, têm como objetivo agrupar municípios próximos e divulgar
O potencial turístico da região. O patrimônio cultural que une as cidades citadas é o queijo produzido na região.
Área de São João da Mata corresponde a 120,8 km2.
Acessos Rodoviários:
As principais rodovias que servem o município são: BR-381, BR-459, MG-179. São João da Mata não possui ramal ferroviário.
Aspectos Geográficos e Naturais:
O município está implantado em território de topografia montanhosa, caracterizando 63% de sua área total. Relevos ondulado e plano, 25% e 12% respectivamente, completam o perfil topográfico sãojoanense.
O ponto central da cidade está localizado a 900 metros de altitude, caracterizando a altitude mínima. O ponto mais alto localiza-se no Pico do Agudo, a 1435 metros de altitude. Possui um clima ameno, com temperatura média anual de 18,2 ºC e índice médio pluviométrico anual de 1.605 mm. A temperatura média mínima anual é 12,9ºC e máxima 24,3ºC.
Os principais cursos d’água são o Rio Dourado e o Córrego do Navio, participando da Bacia Hidrográfica do Rio Grande.
A vegetação de cerrados e capoeiras compõe a paisagem natural de São João da Mata.
Economia:
A principal atividade econômica da área rural do município – caracterizada por 14 bairros - é a agropecuária. O setor industrial acolhe muitas pessoas, e atua no segmento alimentício e de bebidas; há ainda confecções para montagem de peças de roupas para grandes fábricas do estado. O restante da população economicamente ativa distribui-se no comércio e serviços, que corresponde à principal atividade na zona urbana. O solo da região é bastante fértil, destacando a agricultura; a principal fonte de renda é o café, seguido pela banana e milho. Os demais produtos agrícolas do município são: arroz, feijão, alho, laranja, batata, cana de açúcar, mandioca e tomate. Na pecuária, a criação de galináceos é significativa, seguida de bovinos (para corte e leite), suínos e equinos.
Aspectos sócio-culturais:
São João da Mata possui uma Unidade Básica de Saúde, que oferece atendimento dentário, pediátrico, ginecológico além de clínica geral e conta ainda com o Programa Saúde da Família (PSF) desde 2000. A rede de ensino é formada por uma escola pública municipal pré-escolar, uma escola pública municipal de ensino fundamental e uma escola pública estadual de ensinos fundamental e médio e que atendem todo o município.
Há quatro templos na cidade, representando as religiões presentes.
A energia elétrica é fornecida pela Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), enquanto a Prefeitura Municipal se responsabiliza pelo esgoto e fornecimento de água. Não existe agência bancária completa instalada, apenas postos de atendimento do Banco Bradesco, Banco Postal (Correios) e lotérica.
Um posto policial garante a segurança da comunidade.
No setor de esportes e lazer, há um ginásio poliesportivo e um campo de futebol localizado na cidade. Uma rampa para salto de "paraglider" instalada no Pico Agudo, muito utilizada por turistas adeptos de esportes de aventura.
A formação de São João da Mata, estrutura dos bairros rurais:
Ao debruçarmos sobre a paisagem rural de São João da Mata, temos a oportunidade de vermos as interações entre a ocupação humana e o cenário natural. É uma descrição quase pictórica, pois a paisagem é caracterizada por diversas tonalidades de verdes, verde vívido das matas originais restantes, verde esparramado das batatas, verde escuro dos cafezais, verde amarelado das bananeiras, verde claro dos pastos que se estendem por longas extensões e, enfim, no horizonte, um verde quase apagado. É em meio a esse cenário que a população de São João da Mata reside, com suas plantações e criações de animais. Veja como surgiram os bairros rurais de São João da Mata:
São Pedro
Algumas ocupações nessas áreas rurais são anteriores às casas do centro urbano, embora ainda não existisse essa divisão em seções. Um dos bairros mais antigos é o de São Pedro, as moradias iniciais surgiram nas primeiras décadas do século XX, seus proprietários foram José Gomes, João Gomes, Antônio Inácio, Messias Inácio, Joaquim Eduardo e Antônio Eloy. A produção agrícola sempre foi direcionada para a sede do município e a cidade vizinha de Silvianópolis. Historicamente esse bairro foi composto por pequenos e médios agricultores, o risco de geadas sempre foi um desestímulo para investimentos maiores. O processo de ocupação dessa seção foi lento, as casas tendiam, portanto, a se isolar, ainda hoje é um local pouco povoado. Em 1964 foi instalada uma escola rural (atualmente desativada), para atender crianças e jovens locais.
Ponte do Dourado
O bairro Ponte do Dourado é contemporâneo ao São Pedro, sabe-se que seus primeiros moradores foram Joaquim José Muniz, Afonso Braga, Eduardo Silva, João Vicente entre outros. Mais próximo ao núcleo urbano, esse bairro sempre tendeu a uma concentração populacional maior que outras partes rurais. Produção agrícola diversificada, com arroz, milho, feijão e banana. Em começos da década de 1980 havia 56 residências, com um numero aproximado de 315 pessoas. Foi nessa parte da cidade que se construiu e funcionou a Escola Rural Municipal Christovão Chiaradia.
Barba de Bode
O bairro Barba de Bode tem esse nome devido a abundante presença de um capim com esse nome. Localizado na encosta de uma montanha é um local propício para cultivo de bananas e outras culturas adaptadas a declives. Em 1981, ocorreu uma geada que gerou muitos prejuízos a fazendeiros da região, entretanto com o tempo as plantações foram recuperadas. Em 1966 foi construída uma escola rural no bairro, mas atualmente se encontra desativada.
Canta Galo
O bairro Canta Galo se encontra mais isolado das outras partes do município. Provavelmente os primeiros moradores, Ovídio Leal, Inácio Lopes da Silva, José Messias, João Fernandes e Pedro Artur, se assentaram nessa localidade sem interesse de ter um maior contato com comerciantes, pois o tráfego nessa área era extremamente dificultoso. É provável que a agricultura tenha sido, ao menos a princípio, mais voltada para auto-subsistência.
Cachoeirinha
O bairro Cachoeirinha é posterior ao surgimento do centro urbano, data de, aproximadamente, meados da década de 1970. Em começos da década de 1980 havia poucas residências, sendo que essa situação não alterou muito no decorrer dos anos. Em 1982 foram registradas 52 pessoas morando no bairro. A tendência era de concentrar mini-produtores, embora esse quadro pareça estar se alterando. Já foi registrado em Pico Agudo, produção caseira de queijo. A prática de mutirão era comum na região, indicando forte sociabilidade entre os moradores. Também já foi conhecido pelo nome de Pico Agudo.
Pedra do Navio
Pedra do Navio é contemporâneo às primeiras ocupações na região. O nome do bairro é em razão da existência de uma pedra com formato similar a de um navio. Os primeiros moradores foram José Avelino de Melo e João Garcia Franco. Sua produção agrícola e pecuária sempre teve uma boa comercialização devido às estradas de ligação com outros bairros e a cidade. Tem um bom acesso para Pouso Alegre, Espírito Santo do Dourado e Poço Fundo incentivado produção destinada ao comércio. Em começos da década de 1980 já tinha um contingente populacional razoável com 19 casas habitadas e 114 pessoas ao todo. A escola rural da região se chamava José Avelino de Mello, atualmente encontra-se fechada.
Pessegueiro
Outro bairro, da década de 1970, é o Pessegueiro, nome em função da presença de muitas árvores de pêssegos. Provavelmente surgiu em função do deslocamento de alguns moradores das adjacências que se expandiram até essas novas terras, propícias a agricultura. Na década de1980 havia cerca de 10 casas no lugarejo, com um total de 54 pessoas. Fronteiriço ao Barba de Bode e próximo a sede da cidade. O bairro Pessegueiro se encontra em uma parte inclinada sendo que, ainda hoje, continua pouco desenvolvido.
São esses os principais bairros de São João da Mata. Em linhas gerais o que pode ser dito é que tiveram um desenvolvimento custoso devido ao baixo poder aquisitivo dos moradores da região. É certo que sempre houve fazendeiros mais abastados, entretanto esses foram a minoria, embora concentrassem (e ainda concentram) boa parte das terras.
Os moradores desses bairros rurais, desde pequenos foram acostumados à faina diária, os mais antigos cresceram sem uma assistência sanitária e educacional aprimorada. Entretanto, adaptados a esse ambiente, conseguiram elaborar estratégias criativas para a sobrevivência. Estratégias essas que são construções culturais, como, por exemplo, os mutirões, trabalho em conjuntos para edificar obras de uso comum, como pontes e igrejas.
Somando a população de todos esses bairros se tem, hoje, aproximadamente, 1.100 pessoas, quase a metade da população do município. Nesse sentido se verifica a importância da zona rural para a cidade, como também a influência dos hábitos e valores do campo no cotidiano de São João da Mata.
Essa seria a configuração geral dos bairros observados durante começos década de 1980. Todavia com o crescimento da zona rural ocorreu desmembramento de bairros, surgindo novas unidades territoriais. De qualquer forma a configuração geral, econômica ou urbana não foi severamente alterada, sendo que essa descrição que remete aos anos oitenta é legítima na medida em que dá aos historiadores uma percepção histórica do processo de urbanização e ocupações de terras.
Os novos bairros seriam Cachoeira, Dourado dos Lopes, Dourado dos Paiva, Folhetas, Pinhalzinho e Romão. Desses, o menor povoado seria Cachoeira, com um total de 27 habitantes e o mais populoso seria Romão, com 73 habitantes. Como pode ser observada a densidade populacional não foi severamente alterada.